OPINIÃO
Um jornalismo de impactos reais
Neste e-mail, a gente vai conversar sobre os impactos do trabalho da Ponte. Você sabe que fazemos jornalismo de causas, certo, Portal? Quando temos uma causa, e trabalhamos por ela, desejamos ter resultados positivos e reais, resultados que impactem vidas, famílias e comunidades.
Nosso trabalho na Ponte, pra além da informação, é esse: gerar impacto. E, modéstia a parte, temos conseguido. Por exemplo, desde 2014, ajudamos dezenas de pessoas inocentes a serem soltas por meio de reportagens contundentes, apurando documentos, imagens e testemunhas. Pessoas que foram reconhecidas irregularmente ou acusadas injustamente, sem provas que já não estão mais presas. Quando recebemos a notícia de que nosso trabalho fez a diferença, toda a equipe fica com a sensação de dever cumprido.
Bem, não vamos ficar apenas nas nossas palavras bonitas. Trabalhamos com fatos e nomes e trouxemos algumas histórias de vidas que ajudamos com o nosso jornalismo.
No final de 2022, a Ponte ajudou a garantir um feliz Natal para algumas pessoas. Luiz e Tauã, Júlio Damasceno, Sergio Nascimento, Flávio Santos Silva: todos estavam presos com base em acusações sem qualquer prova — do tipo que apenas policiais, promotores e juízes são capazes de levar a sério, e apenas quando se trata de gente pobre e negra — e foram soltos após a Ponte contar suas histórias.
Nossa reportagem sobre os ataques aos direitos humanos feitos por um desembargador mineiro levaram a uma denúncia no Conselho Nacional de Justiça pelo senador Fabiano Contarato (PT-ES). A Zara foi condenada a indenizar Flor de Lima, antiga funcionária vítima de perseguição e transfobia. Depois que denunciamos como os problemas em tornozeleiras eletrônicas estavam prejudicando presos em regime semiaberto no interior de SP, o governo reconheceu os problemas e os detentos tiveram suas faltas disciplinares revistas.
A Ponte, ao lado de outros veículos independentes, está ajudando a mudar, aos poucos, o modo como a mídia hegemônica cobre racismo e sistema de justiça criminal. A Record, por exemplo, foi atrás da pauta sobre as falhas nas tornozeleiras. E pautamos tantas vezes o “Fantástico”, por exemplo, que podemos não só pedir música, mas uma playlist inteira. Algumas vezes nos deram crédito, outras não.
Seja como for, é uma grande coisa pensar que uma redação formada unicamente por um editor e dois repórteres consegue fazer tanto barulho a ponto de pautar os maiores veículos jornalísticos do país. Imagina o que poderemos fazer no dia em que tivermos mais recursos.
Abraços,
Jessica Santos
Editora de relacionamento
Fonte: Ponte Jornalismo
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